quinta-feira, 5 de abril de 2012

Portugal começa aventura em Israel

Frederico Gil, Rui Machado, Gastão Elias e João Sousa já estão prontos para uma das importantes eliminatórias na história de Portugal na Taça Davis. Trata-se de um confronto com Israel por um lugar no playoff de acesso ao Grupo Mundial, a divisão das grandes potências como Espanha, Estados Unidos e Sérvia. Amanhã jogam-se os dois primeiros jogos de singulares com Frederico Gil e Rui Machado a serem os eleitos de Pedro Cordeiro para defender a bandeira portuguesa.
Gil vai ser o primeiro em acção

Depois da decisão lógica do capitão português de escolher os dois jogadores portugueses mais fortes no primeiro dia de competição (para quem não está familiarizado, cada eliminatória da Taça Davis é composta por dois jogos de singulares na Sexta-feira, um de pares no Sábado e outros dois de singulares no Domingo), foi feito o sorteio que emparelhou os atletas portugueses com os israelitas. E a sorte ditou que Frederico Gil será o primeiro a entrar em acção no Canada Stadium em Ramat HaSharon frente a Dudi Sela, actual 62º da hierarquia mundial. Vai ser o terceiro encontro entre ambos, se somarmos todas as competições. Gil lidera o head-to-head por 2-1 mas a última vitória pertenceu ao israelita, que triunfou na edição 2011 de Wimbledon por 6-4 6-1 6-4, na primeira ronda. 

Logo após Gil, é Rui Machado que vai enfrentar Amir Weintraub, 199º do ranking mundial. Em 2008, num torneio da categoria Futures, Rui derrotou o israelita por 6-2 6-2 mas muito mudou desde então, especialmente para o tenista português. 2008 foi o ano em que Machado começou a sua recuperação de lesão até chegar onde está hoje. No Sábado, o jogo de pares prevê-se complicado, tal como é possível notar pela aposta de Pedro Cordeiro em fazer descansar Gil e Machado para apostar nos jogos de singulares. Os jovens Gastão Elias e João Sousa, que atravessam um bom momento de forma, vão defrontar os especialistas de pares Jonathan Elrich e Andy Ram, naquela que será uma tarefa muito complicada mas não impossível para os talentosos lusos. Por fim, no Domingo, os encontros de singulares vão trocar com Machado a encontrar Sela e Gil a defrontar Weintraub.
A "Saladeira" para o vencedor

Ao analisar a ordem dos encontros, é possível considerar que o primeiro encontro é realmente o mais decisivo. Será, por ventura, aí que se decidirá a eliminatória porque, seguindo a lógica, Machado e Gil vão derrotar Weintraub sem dificuldades enquanto que o encontro de pares deverá cair para o lado dos israelitas. Rui Machado é perfeitamente capaz de derrotar Sela, mas vem de lesão e tem tido um ano desastroso, onde ainda não conseguiu qualquer vitória em torneios ATP. Já Frederico Gil está num crescendo de forma e com certeza terá um encontro muito equilibrado com o israelita. Caso Gil consiga surpreender o público e depois Machado confirmar o favoritismo frente a Weintraub, Portugal fica com uma vantagem de 2-0, bastante confortável. Isso deixa ser possível perder o jogo de pares e o jogo de Machado contra Sela, ficando Gil com a responsabilidade de derrotar Weintraub no jogo decisivo.

Portugal tem assim uma oportunidade de ouro de avançar para o playoff de acesso ao grupo Mundial, playoff esse que já tem Cazaquistão, Rússia, Canadá, Suíça, Itália, Suécia, Japão e Alemanha à espera de quem para lá se qualificar. Força Portugal!


segunda-feira, 26 de março de 2012

Kohlrschreiber trava Gil em Miami

Frederico Gil foi, na passada Sexta-feira, derrotado pelo alemão Philipp Kohlschreiber na segunda ronda do ATP Masters 1000 de Miami. Ao fim de 1h11, o 32º cabeça-de-série saiu vitorioso com os parciais 6-2 7-5. Foi a segunda semana consecutiva em que Gil logrou atingir a segunda ronda de um dos torneios mais conceituados, depois de, em Indian Wells, o português ter sido derrotado pelo eventual finalista, o norte-americano John Isner.
Frederico Gil em Miami

Perante um jogador bastante mais conceituado na hierarquia mundial - Kohlschreiber é o 35º do ranking ATP -, Gil teve uma prestação fraca no seu serviço com apenas 51% das primeiras bolas colocadas em jogo e sem ter salvo nenhum dos três break points que enfrentou. O facto de o alemão ter um estilo de jogo similar ao do português, mas mais apurado, em nada ajudou Gil, que sentiu muitas dificuldades em contrariar a consistência das pancadas de Kohlshcreiber. No serviço de "Kohli", Frederico  também não conseguiu fazer a diferença, tendo desperdiçado algumas hipóteses no segundo set.

No final do encontro, Gil elogiou o "serviço bastante forte e a direita bem pesada e funda" do alemão mas também considerou que "com mais calma e solidez estava perfeitamente ao alcance". No entanto, o 85º do ranking ATP mostrou-se um pouco desiludido com as oportunidades desperdiçadas por si: "Estava um pouco mais cansado, devido ao calor, mas ele foi mais sólido no início e eu devia ter sido mais atrevido. Não foi das minhas melhores exibições, mas teve momentos bons. Não consegui aproveitar as oportunidades que tive, em especial no segundo set, mas foi um bom jogo", afirmou Gil. 

Taça Davis em Israel é a próxima paragem

A próxima competição do português será a Taça Davis, o maior torneio do mundo disputado entre selecções - neste ano contou com 130 países inscritos. Frederico Gil, Rui Machado, Gastão Elias e João Sousa vão deslocar-se a Israel para defrontar jogadores como Dudi Sela (61º da hierarquia mundial) e como os especialistas  de pares Andy Ram e Jonathan Elrich. O vencedor desta eliminatória do grupo 1 da Zona Europa/África conquista um lugar no Playoff de acesso ao grupo Mundial, onde estão as grandes potências. Os pisos rápidos do Canada Stadium, em Ramat HaSharon serão o palco do confronto no fim-de-semana entre 6 e 8 de Abril.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Frederico Gil avança em Miami

Frederico Gil derrotou esta tarde o brasileiro Thomaz Bellucci com os parciais 6-3 6-4. Ao cabo de 1h30, o segundo melhor português do ranking mundial carimbou a sua presença na segunda ronda do ATP Masters 1000 de Miami. É, assim, a segunda semana consecutiva em que Gil se qualifica para a segunda ronda de um torneio desta categoria, depois de já o ter conseguido fazer na semana passada em Indian Wells, onde saiu derrotado por John Isner, eventual finalista do torneio.
Frederico Gil dominou na Florida

Perante um adversário bastante mais bem cotado na hierarquia mundial - Bellucci é o 47º enquanto Gil é o 85ª -, o português conseguiu uma excelente vitória, marcada pelo facto de o tenista nacional ter salvo nove dos dez pontos de break que enfrentou. Por outro lado, quebrou o serviço do brasileiro por três vezes em oito tentativas de que dispôs.

Na segunda ronda, terá pela frente o alemão Philipp Kohlschreiber, 32º cabeça-de-série (e 35º do ranking ATP), jogador que nunca enfrentou em toda a sua carreira. Kohlschreiber teve um bye na primeira ronda, logo não teve de jogar para chegar a esta fase do torneio. Se o português conseguir derrotar o alemão, que certamente irá apresentar o seu jogo muito consistente com uma esquerda muito forte, como habitual, aguarda-o um encontro com o vencedor do jogo entre o francês Jo-Wilfried Tsonga e o belga Xavier Malisse.

Recorde-se que Gil é o único português presente no quadro principal em Miami, depois de Rui Machado ter desistido por lesão antes do início da competição e Gastão Elias ter sido derrotado na primeira ronda da fase de qualificação. O torneio distribui um prize-money no valor de 4 milhões de dólares e conta com a presença de todos os jogadores da elite do ténis mundial.

Estoril Open 2012 - Primeiras impressões

Juan Martin Del Potro, Gael Monfils, Richard Gasquet e Stanislas Wawrinka foram os grandes nomes conhecidos hoje na divulgação da lista de inscritos no Estoril Open de 2012. Um alinhamento muito prometedor para um torneio da categoria 250, que vai contar, pela primeira vez, com a entrada directa de dois portugueses no quadro principal masculino - Rui Machado e Frederico Gil.

Del Potro campeão em 2011
O nome do campeão em título e número 11 da hierarquia mundial, Juan Martin Del Potro, salta logo à vista. O argentino será, certamente, uma grande atracção, tal e qual como no ano passado, onde derrotou o sueco Robin Soderling e o espanhol Fernando Verdasco para conquistar o título de campeão, numa altura em que regressava de lesão. Outro jogador entusiasmante a ter em conta será o francês Gael Monfils. Um dos atletas mais excêntricos e mais talentosos, Monfils quererá dar espectáculo nos courts do Jamor, depois de há dois anos a sua participação prevista no principal torneio disputado em Portugal não ter acontecido devido a problemas de saúde de última hora. Del Potro e Monfils são, sem grande margem para dúvida, os dois grandes candidatos à vitória embora o quadro se apresente bastante equilibrado.

Prova disso é a presença de jogadores como o suíço Stanislas Wawrinka (29º do ranking ATP), muito consistente em terra batida e que pode, perfeitamente, num dia bom, derrotar tanto Del Potro como Monfils. O francês Richard Gasquet (17º do ranking ATP) volta a participar no Estoril Open, depois de 5 anos sem se deslocar ao Jamor, onde, em 2007, atingiu a final, apenas perdendo com o sérvio Novak Djokovic. Gasquet faz parte da geração de ouro do ténis francês, provavelmente a melhor de sempre, tendo ao seu lado os compatriotas Jo-Wilfred Tsonga, o próprio Monfils, Gilles Simon, entre outros. Será um jogador a ter muito em conta devido ao seu superior nível técnico, especialmente na esquerda batida a uma mão.


Rui Machado e Frederico Gil
Como outsiders podemos considerar o uzbeque Denis Istomin, que está a realizar uma época muito consistente, o experiente argentino Juan Ignacio Chela e, claro, não podemos deixar de referir o campeão de 2009 e 2010, o espanhol Albert Montanes. Nesta categoria estão os dois portugueses para já confirmados no quadro principal - Rui Machado e Frederico Gil. Repetir o feito de Gil em 2009, onde chegou à final, será muito complicado para qualquer um dos jogadores, mas é certo e sabido que o público português consegue levar os tenistas portugueses a fazer jogos incríveis. No entanto, de certeza haverá pelo menos mais um, senão dois, portugueses no quadro principal, fruto dos três convites que João Lagos tem à disposição. Um pelo menos será, certamente, para outro nome sonante (Andy Murray, Tomas Berdych, David Ferrer?) mas os outros dois poderão ser para dois jovens portugueses - Gastão Elias e João Sousa, ambos merecedores da entrada no quadro principal.


Visto que este blog é sobre ténis e esta é a maior competição disputada em Portugal, será feita uma cobertura intensiva dela, tanto a nível de análise dos quadros (quando forem sorteados) bem como previsão e rescaldo de cada dia de competição, dando primazia aos atletas portugueses.


segunda-feira, 12 de março de 2012

O fenómeno Djokovic

Desde o ano de 2003, nenhum jogador para além de Roger Federer ou Rafael Nadal conseguiu chegar ao tão desejado número um do ranking mundial. Para muitos, permanecerá como, talvez, a maior rivalidade de sempre, uma vez que são 19 as finais disputadas entre ambos. No entanto, o ano de 2011 trouxe uma reviravolta inesperada (ou seria esperada?): Novak Djokovic saltou para o topo do ténis mundial da forma mais afirmativa possível.

Novak Djokovic no Australian Open 2011
O sérvio, de 24 anos, saiu finalmente da sombra de Federer e Nadal, jogadores que o mantiveram como número três mundial durante quatro anos consecutivos. A opinião pública tenística ia mais longe e chegou a dizer-se que Nole era um jogador destinado a ser número um do mundo, mas que tinha nascido na época errada. Aquilo em que ninguém pensa é que essa pode ter sido uma das razões para a explosão de Djokovic na altura perfeita: em vez de liderar a hierarquia mundial com apenas 21 anos, por exemplo, onde a extravagância, os milhões e, principalmente, a pressão de ser bem sucedido em todos os torneios em que entra, o pupilo de Marian Vajda atinge o objectivo de vida com 24 anos. Apresenta uma maior maturidade, maior controlo e isso torna-se preponderante. Enquanto número 3 do mundo nunca teve a obrigação de derrotar Federer e Nadal, e os olhos dos críticos ignoravam-no, tal era a dimensão da rivalidade entre o suíço e o espanhol.

No entanto, 2011 foi o ano da definitiva afirmação de Djokovic. Mesmo sem entrar numa análise qualitativa, rapidamente se percebe a magnitude dos resultados conseguidos pelo sérvio. Terminou o ano com 70 vitórias e apenas 6 derrotas, e 10 títulos conquistados - 3 do Grand Slam (Australian Open, Wimbledon e US Open) e 5 da categoria 1000, um recorde. No início da época esteve literalmente imbatível, pois conquistou os seus primeiros 7 torneios, chegando a umas impressionantes 41 vitórias consecutivas (43 se contarmos com a final da Taça Davis de 2010), sendo a melhor série desde a de John McEnroe, em 1984, quando conseguiu 42. Apenas Roger Federer o travou, nas meias-finais de Roland Garros, num dos melhores jogos do ano. Como se não bastasse, Novak Djokovic tornou-se a besta negra do então número 1 do mundo, Rafael Nadal. Nos ATP Masters 1000 de Miami e de Indian Wells, Novak derrotou Nadal em ambas as finais, pondo os experts alerta. No entanto, a grande surpresa surgiu na terra batida de Madrid, onde Nadal era rei, e onde Djokovic começou a roubar a coroa. A verdade é que a coroa foi mesmo roubada pois, no final de 2011, em 6 finais disputadas entre os dois nos torneios mais importantes do Mundo, o sérvio saiu vencedor em todas elas.

O melhor de sempre?

Sem dúvida é muito cedo para o incluir no debate pelo título de melhor jogador de sempre, mas como melhor época de sempre, a temporada de Djokovic entra definitivamente na discussão. Assustador para os seus adversários é ver a forma com que iniciou esta época. Enquanto ainda eram bastantes os críticos que afirmavam que Nole era um one season wonder, o sérvio abriu a época com a vitória no Australian Open, tendo derrotado na final... Rafael Nadal. Final essa que, para além de ter sido um dos mais bem jogados e mais emocionantes confrontos alguma vez vistos, foi a mais longa de sempre, pois a batalha só terminou ao fim de 5h53.
Djokovic derrota Nadal em Wimbledon 2011
A chave do sucesso de Djokovic prende-se com trabalho mental: uma frieza notável, uma táctica de jogo exemplar, com todos os pontos pensados e construídos com bisturi. Obviamente que precisou da técnica para concretizar tudo o que foi pensado, mas foi especialmente a nível mental que o sérvio conseguiu superiorizar-se a Federer, Nadal e companhia. O ano de 2012 começou bem para Djokovic, mas todos os olhos estão nele, incluindo os de Federer, Murray e especialmente os de Nadal, que precisa urgentemente de recuperar a sua honra frente a Nole. Na actualidade é o melhor do mundo, sem sombra de dúvida. Para entrar na discussão de melhor de sempre ainda precisa de mais anos a este grande nível, para ver como gere o sucesso contínuo, algo que Federer conseguiu de forma imperial. 

Federer consegue 10ª vitória consecutiva; Kvitova surpreendida

O suíço Roger Federer derrotou, ontem, o americano Denis Kudla, por 6-4 6-1, na segunda ronda do BNP Paribas Open, que está a ser jogado em Indian Wells, na Califórnia. Com esta vitória tranquila, o nº2 mundial deu continuidade ao bom momento de forma por que passa, depois das vitórias em Roterdão e no Dubai. Quem vacilou foi a nº3 do ranking mundial feminino, Petra Kvitova, que foi derrotada pela jovem norte-americana Christina McHale por 2-6 6-2 6-3.
Roger Federer

Debaixo do sol californiano está a ser jogado um dos torneios mais mediáticos, e ontem não foi dia de grandes surpresas no sector masculino. Roger Federer aproveitou o fraco serviço do seu adversário para conseguir uma vitória muito calma, diante de um jogador que necessitou de um wild-card para estar presente no quadro principal. Tal facto é comprovado pelos 54% de pontos ganhos pelo suíço no serviço  de Kudla. Na próxima ronda, a tarefa de Federer será consideravalmente mais complicada, onde terá pela frente o 27º melhor jogador do mundo, o gigante canadiano Milos Raonic, que derrotou Carlos Berlocq.

Para além da já referida vitória de Federer, também Nadal progrediu, facilmente, para os oitavos-de-final, ao derrotar o argentino Leonardo Mayer por 6-1 6-3, num jogo sem história. O espanhol dominou praticamente todos os pontos no seu serviço, com uma impressionante marca de 26 pontos ganhos em 27 jogados quando colocava a primeira bola. Assim, sem grandes surpresas, ao fim de 1h15, Nadal conquistou a vitória no seu primeiro encontro após o Open da Austrália. O próximo adversário de "Rafa" será o seu compatriota Marcel Granollers, 26º da hierarquia mundial, que deixou para trás o alemão Tommy Haas.

Christina McHale
Quanto ao sector feminino, a grande surpresa foi a derrota da 3ª melhor do mundo, Petra Kvitova. A checa saiu derrotada frente à jovem Christina McHale, mesmo depois de ter entrado melhor no encontro ao conquistar o primeiro set por 6-2. No entanto, a jovem de 19 anos em ascensão mostrou muita garra para, ao fim de 1h57, consumar a melhor vitória da sua carreira até ao momento com os parciais de 2-6 6-2 6-3. No caminho da  jogadora da casa, segue-se a alemã Angelique Kerber.

No prato do dia de hoje, destacam-se os confrontos entre o nº1 do Mundo, Novak Djokovic, e o sul-africano Kevin Anderson, e o embate entre o norte-americano Andy Roddick frente ao checo Tomas Berdych. Não menos empolgantes serão os jogos da russa Maria Sharapova frente à sensação romena Simona Halep e da dinamarquesa Caroline Wozniacki contra a experiente sueca Sofia Arvidsson.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Outro ponto de vista

Contar histórias. Será esse o objectivo deste blog, onde vou tentar fugir ao clássico, ao comum. É uma tarefa difícil, mas também um desafio estimulante. Contar histórias sobre o quê? Ténis. 

Vocês, leitores, vão poder encontrar aqui um outro ponto de vista acerca do mundo que é este desporto apaixonante. Também vou jogar pelo seguro com análises e previsões de torneios, mas o meu grande objectivo é conseguir mostrar como é viver dentro deste mundo, as implicações que lhe estão adjacentes, os pontos positivos, o preço do sucesso. Ao longo do tempo vão poder perceber como se organiza um torneio, como um treino deve ser estruturado, as exigências da vida de um jogador, tentando aproximar-vos sempre desta realidade.

Não menos importante será a minha tentativa de mostrar como a modalidade tem crescido em Portugal, o que se tem feito nesse sentido e sobre a facilidade, ou falta dela, em adoptar esta actividade como sustento.

No fundo, vou ter a oportunidade partilhar esta paixão que me acompanha desde sempre, e espero que, no final de todas as histórias, também se apaixonem por todos os pormenores, todas as especificidades, que tornam este desporto um dos mais cativantes, mais intensos e emocionantes de seguir. Fiquem atentos!